Casa Psi Sete Lagoas

Casa Psi - Clínica & Ensino

Introdução

Sete Lagoas/MG vive uma época desenvolvimentista com grande crescimento da cidade, de sua população e consequentemente de suas demandas sociais; ainda recente, a busca de soluções ou resolutividades para muitas destas demandas eram direcionadas com grande dificuldade e perda de tempo para a capital Belo Horizonte. Todavia o descompasso neste crescimento veio requerer e passou a exigir, sobretudo na área da saúde, a constituição da prestação de serviços qualificados essenciais ao bem-estar individual, social e coletivo e a permanência de seus respectivos profissionais na cidade. Neste sentido, instituições de ensino formadoras de nível superior vieram a se instalar no município; especificamente no campo da saúde psíquica a faculdade Ciências da Vida formou no segundo semestre de 2011 sua primeira turma no curso de Psicologia e já há muitos anos que a UNIFEMM vem colocando no mercado profissionais da Pedagogia, do Direito, da Letras entre outros campos afins, com os quais a interlocução interessa profundamente à Psicanálise.
Porém, quem pelo desejo faz opção pela práxis da Psicanálise à qual nas faculdades só depara com ela como uma forma de introdução sabe que para se tornar psicanalista necessita recorrer a Belo Horizonte na busca desse seu interesse que o capacite através dos dispositivos das Escolas de Psicanálise lá existentes, ou seja, a própria análise, a supervisão, a participação em eventos como cursos, conferências, seminários, palestras, encontros, cartéis e outros indispensáveis àquilo que nesse campo se reconhece como investimento teórico continuado e formação ética.
Diante disto, o Projeto Cultura Psi se instaurou em Sete Lagoas propondo deslocar para esta cidade os conhecimentos da teoria psicanalítica, suas propícias intervenções sociais e culturais, tal como o seu debate produtivo buscado alhures. Transfere-se assim, para o município, a necessária transmissão para o social, introdução na cultura, elaboração teórica, o debate interdisciplinar e a interlocução clínica a partir da teorização e da práxis do discurso analítico dispondo-se à conversação rigorosa com alunos, profissionais e demais trabalhadores do “Campo Psi” e sua clientela, estendendo-se à saúde mental, seus usuários, familiares, demais profissionais de campos conexos, sobretudo da saúde e toda a comunidade que de alguma forma pela Psicanálise se interesse.
O Projeto Cultura Psi, assim, obtém o “Analista cidadão” na extensão da clínica, pois através de seu conhecimento, sua escuta e de suas necessárias e pontuais intervenções no âmbito coletivo referenciadas nas interpretações da teoria freudiana reafirmadas por Jacques Lacan e seus suplementadores, visa sempre o acontecimento inconsciente e abre-se para a interlocução produtiva com demais profissionais da saúde, educação, direito, cultura, artes e demais cidadãos, presentificando a Psicanálise no mundo. Assim suscita, desde as entrevistas preliminares, suas diferenças teóricas e o esclarecimento da sua ética no trabalho com o Inconsciente que é a sua práxis, isto é, absolutamente distinta das terapêuticas que desde o acolhimento do sujeito se sustentam como simples práticas sugestivas ou medicamentosas.
O Projeto Cultura Psi vem, em sua originalidade, sustentar a afirmação da subjetividade e a singularidade de cada um que se dispõe à sua clínica, se introduz nesta teoria ou em sua práxis; anima também a “formação profissional” continuada, bem orientada, incitando o psicanalista à elaboração e formulação teóricas inéditas propiciadas pelo testemunho do efeito de suas intervenções clínicas e pela responsabilização e ética no tratamento do sofrimento psíquico que perpassa as análises que conduz.
Desta forma, propicia o reconhecimento da legitimidade na autorização em falar, transmitir conhecimentos ou clinicar em nome da Psicanálise a partir da implicação do próprio percurso pessoal neste campo e os efeitos desta em sua relação com o Inconsciente, com o Real, com a escrita e o Ato.

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