Entidade Ambientalista Felinos do Aguaí
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O Projeto Felinos do Aguaí surgiu em 2005, a partir de uma pegada de felino silvestre fotografada pelo montanhista José Carlos dos Santos Júnior. A fotografia foi o primeiro indicio de felino silvestre na Reserva Biológica do Aguaí, considerada a segunda maior unidade de conservação do Estado de Santa Catarina, atrás apenas do Parque Estadual da Serra do Tabuleiro.
Com o apoio do especialista em onças, Peter Crawshaw, que identificou a pegada pela primeira vez, Júnior e a Bióloga Micheli Ribeiro Luiz decidiram criar um projeto que se dedicasse a conservação dos felinos silvestres no sul do estado, dando origem ao Projeto Felinos do Aguaí.
Os felinos estão entre as espécies mais ameaçadas do mundo, e são afetados principalmente pela perda do seu habitat. Por serem animais que estão no topo da cadeia alimentar, sua conservação representa a conservação de todo o ambiente e ecossistemas onde estão inseridos.
Por meio de pesquisas realizadas através de armadilhas fotográficas e vestígios indiretos, foram identificadas na unidade de conservação quatro espécies de felinos silvestres brasileiros ameaçados de extinção, entre eles o leão baio (Puma concolor), que desde o desaparecimento da onça-pintada (Panthera onça) na região, tornou-se o maior predador do Planalto das Araucárias; a Jaguatirica (Leopardus pardalis), o maior felino do gênero Leopardus, seguido do gato-maracajá (Leopardus wiedii) e gato-do-mato-pequeno (Leopardus tigrinus).
O objetivo inicial do projeto foi estimar a distribuição espacial (presença ou ausência) dos felinos silvestres, visando assegurar a conservação das espécies. Avançando com o projeto, os pesquisadores perceberam que a pesquisa não seria suficiente para proteger a reserva e que era necessário envolver a comunidade na busca pela conservação. A partir daí, começaram a ser desenvolvidas atividades de educação ambiental com a população. Até agora, o protejo já beneficiou mais de quatro mil pessoas, transmitindo ensinamentos de forma simples e acessível. Na área da pesquisa já foi identificada uma rica biodiversidade, que se traduz no registro de 22 espécies de mamíferos de médio e grande porte e mais de 100 espécies de aves.
Ao longo desses anos, o Projeto vem sendo mantido pelas Empresas Rio Deserto, e conta também, com o apoio da comunidade e demais parceiros.
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