William Pereira da Costa nasceu em Campina Grande, viveu a infância em Santa Luzia e, desde o início da década de 70, mora em João Pessoa (PB). Destaca-se no Jornalismo Cultural e já exerceu todos os cargos de uma redação de jornal.
Virginiano de 21 de setembro de 1960, William Pereira da Costa nasceu em Campina Grande, viveu a infância em Santa Luzia e, desde o início da década de 70, mora em João Pessoa (PB). É formado em Comunicação Social pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB). Destaca-se no Jornalismo Cultural e já exerceu todos os cargos de uma redação de jornal.
Desde a sua estreia no jornalismo, há trinta anos, William Costa nunca deixou de praticar a crônica, embora reportagens e artigos consumissem fatias bem mais generosas de sua produção. Nos últimos três anos, decidiu, enfim, privilegiar o cronista, publicando textos de contornos mais nítidos, no que diz respeito à forma e ao conteúdo.
O leque temático do cronista é amplo, assim como são diversas, além de dispersas no tempo e no espaço, as influências jornalísticas e literárias que o ajudaram a moldar o estilo. As reminiscências da infância sertaneja, a natureza (paisagens e pássaros, principalmente), as questões sociais, o amor e a paixão, entre outros, são assuntos recorrentes em seus textos.
A crônica de William ora flerta com a poesia, ora com o conto. Na verdade, mesmo publicando em jornal, o autor usa e abusa da liberdade conceitual aplicada a esse gênero, dentro do qual, segundo o escritor e crítico de literatura José Castello, cabe praticamente de tudo. No entanto, mesmo quando bem íntimas, as observações do autor tratam da vida “lá fora”.
Por vezes, há um viés visionário. Uma sintaxe meio fora de ordem. Uma certa estranheza, enfim, na sua crônica, frutos, talvez, de suas preferências literárias, que incluem Ariano Suassuna, Augusto dos Anjos, João Cabral de Melo Neto, Rubem Braga, Ferreira Gullar, Cecília Meireles, Allen Ginsberg, William Blake, W. B. Yeats, Henri Thoreau e Walt Whitman.
Existe também uma senda espiritualista no texto do cronista, em que se percebe a presença dos ideais pacifistas de Lennon, Gandhi, Cristo, Buda e Dalai Lama. Em síntese, são crônicas que cuidam da vida “do jeito que ela é” - ora mágica e bela, ora estranha e absurda, e que, por isso mesmo, merece ser vivida intensamente, na cadência dos pulmões e do coração.
Em Para tocar tuas mãos, o autor reúne crônicas inéditas, mesclando-as com uma maioria já publicada em jornais, todas, porém, reescritas, para a presente edição. Nesta, encontram-se textos de primeira água, como também os de safra mais recente. Há um fio condutor - ou linha invisível - que dá certa unidade à multiplicidade de temas. Caberá ao leitor percebê-la.